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Gênero Textual - Notícia
Gênero Textual - Notícia

Gênero Textual - Notícia

 

Antes de adentrarmos de forma minuciosa no que se refere às características que norteiam o gênero em evidência, ora constituído pela notícia, torna-se de fundamental importância compreendermos o sentido retratado pelo termo – gênero textual. 

Ao nos referirmos a este, devemos associá-lo às inúmeras situações sociocomunicativas que circundam pelo nosso cotidiano. Todas possuem uma finalidade em comum, ou seja, uma intencionalidade pretendida pelo discurso que as compõe. Tais finalidades se divergem, dependendo do objetivo proposto pelo emissor mediante o ato comunicativo. 

Em se tratando da notícia, qual seria a intenção por ela pretendida? Certamente, a de nos informar sobre uma determinada ocorrência. Trata-se de um texto bastante recorrente nos meios de comunicação de uma forma geral, seja impressa em jornais ou revistas, divulgada pela Internet ou retratada pela televisão.

Em virtude de a notícia compor a categoria preconizada pelo ambiente jornalístico, caracteriza-se como uma narrativa técnica. Tal atribuição está condicionada principalmente à natureza linguística, pois diferente da linguagem literária, que, via de regra, revela traços de intensa subjetividade, a imparcialidade neste âmbito é a palavra de ordem. 

Assim sendo, como a notícia pauta-se por relatar fatos condicionados ao interesse do público em geral, a linguagem necessariamente deverá ser clara, objetiva e precisa, isentando-se de quaisquer possibilidades que porventura tenderem a ocasionar múltiplas interpretações por parte do receptor. 

De modo a aprimorar ainda mais os nossos conhecimentos quanto aos aspectos inerentes ao gênero em foco, enfatizaremos sobre seus elementos constituintes:

Manchete ou título principal – Geralmente apresenta-se grafado de forma bem evidente, com vistas a despertar a atenção do leitor.

Título auxiliar – Funciona como um complemento do principal, acrescentando-lhe algumas informações, de modo a torná-lo ainda mais atrativo.

Lide (do inglês lead) - Corresponde ao primeiro parágrafo, e normalmente sintetiza os traços peculiares condizentes ao fato, procurando se ater aos traços básicos relacionados às seguintes indagações: Quem? Onde? O que? Como? Quando? Por quê?

Corpo da notícia –
 Relaciona-se à informação propriamente dita, procedendo à exposição de uma forma mais detalhada no que se refere aos acontecimentos mencionados.


Diante do que foi exposto, uma característica pertinente à linguagem jornalística é exatamente a veracidade em relação aos fatos divulgados, predominando o caráter objetivo preconizado pelo discurso.

Fonte: https://www.portugues.com.br/redacao/anoticiaumgenerotextualcunhojornalistico.html

 

 

Interpretação de Texto

 

 

 

Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura:

 

 

 

Informativa e de reconhecimento;

 

 

 

Interpretativa.

 

 

 

A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à idéia-central de cada parágrafo.

 

 

 

A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras com NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE, etc, pois fazem diferença na escolha adequada.

 

 

 

Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor.

 

 

 

ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E IDÉIA CENTRAL

 

 

 

Um texto para ser compreendido deve apresentar idéias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela idéia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto.

 

 

 

Podemos desenvolver um parágrafo de várias formas:

 

 

 

Declaração inicial;

 

 

 

Definição;

 

 

 

Divisão;

 

 

 

Alusão histórica.

 

 

 

Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda.

 

 

 

Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a idéia central extraída de maneira clara e resumida.

 

 

 

Atentando-se para a idéia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto.

 

 

 

OS TIPOS DE TEXTO

 

 

 

Basicamente existem três tipos de texto:

 

 

 

Texto narrativo;

 

 

 

Texto descritivo;

 

 

 

Texto dissertativo.

 

 

 

Cada um desses textos possui características próprias de construção.

 

 

 

DESCRIÇÃO

 

 

 

Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.

 

 

 

O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de recursos lingüísticos, tal que o receptor a identifique. A caracterização é indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto.

 

 

 

Há duas descrições:

 

 

 

Descrição denotativa

 

 

 

Descrição conotativa.

 

 

 

DESCRIÇÃO DENOTATIVA

 

 

 

Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário.

 

 

 

Exemplo:

 

 

 

Saímos do campus universitário às 14 horas com destino ao agreste pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde encontraremos várias formas de relevo e vegetação.

 

 

 

No início da viagem observamos uma típica agricultura de subsistência bem à margem da BR-232. Isso provavelmente facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuição de alimentos a CEAGEPE.

 

 

 

DESCRIÇÃO CONOTATIVA

 

 

 

Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em polivalência.

 

 

 

Exemplo:

 

 

 

João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto.

 

 

 

Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de nuvens brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar.

 

 

 

NARRAÇÃO

 

 

 

Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo episódios, acontecimentos.

 

 

 

A narração  difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto narrativo.

 

 

 

O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de perguntas:

 

 

 

Quem participa nos acontecimentos? (personagens);

 

 

 

O que acontece? (enredo);

 

 

 

Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos).

 

 

 

Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos:

 

 

 

O quê? - Fato narrado;

 

 

 

Quem? – personagem principal e o anti-herói;

 

 

 

Como? – o modo que os fatos aconteceram;

 

 

 

Quando? – o tempo dos acontecimentos;

 

 

 

Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento;

 

 

 

Por quê? – a razão, motivo do fato;

 

 

 

Por isso: - a conseqüência dos fatos.

 

 

 

No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento principal. É importante só uma ação centralizadora para envolver as personagens.

 

 

 

Deve haver um centro de conflito, um núcleo do enredo.

 

 

 

A seguir um exemplo de texto narrativo:

 

 

 

Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos trinta, montava num alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal.

 

 

 

(Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo)

 

 

 

A relação verbal emissor – receptor efetiva-se por intermédio do que chamamos  discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo.

 

 

 

Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que é narrador-personagem. Isto constitui o foco narrativo da 1ª pessoa.

 

 

 

Exemplo:

 

 

 

Parei para conversar com o meu compadre que há muito não falava. Eu notei uma tristeza no seu olhar e perguntei:

 

 

 

- Compadre por que tanta tristeza?

 

 

 

Ele me respondeu:

 

 

 

- Compadre minha senhora morreu há pouco tempo. Por isso, estou tão triste.

 

 

 

Há tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento tão triste nos encontramos. Terá sido o destino?

 

 

 

Já o narrador-observador é aquele que serve de intermediário entre o fato e o leitor. É o foco narrativo de 3ª pessoa.

 

 

 

Exemplo:

 

 

 

O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, ambos precisavam da vitória, quando de repente o juiz apitou uma penalidade máxima.

 

 

 

O técnico chamou Neco para bater o pênalti, já que ele era considerado o melhor batedor do time.

 

 

 

Neco dirigiu-se até a marca do pênalti e bateu com grande perfeição. O goleiro não teve chance. O estádio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida.

 

 

 

Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo e encerrou a partida.

 

 

 

FORMAS DE DISCURSO

 

 

 

Discurso direto;

 

 

 

Discurso indireto;

 

 

 

Discurso indireto livre.

 

 

 

DISCURSO DIRETO

 

 

 

É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.

 

 

 

Podemos enumerar algumas características do discurso direto:

 

 

 

- Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;

 

 

 

- Usam-se os seguintes sinais de pontuação: dois-pontos, travessão e vírgula.

 

 

 

Exemplo:

 

 

 

O juiz disse:

 

 

 

- O réu é inocente.

 

 

 

DISCURSO INDIRETO

 

 

 

É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa.

 

 

 

No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc.

 

 

 

Exemplo:

 

 

 

O juiz disse que o réu era inocente.

 

 

 

DISCURSO INDIRETO LIVRE

 

 

 

É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas.

 

 

 

Exemplo:

 

 

 

Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos).


Fonte: https://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/interpretacaotexto001.asp



 

TEXTO LITERÁRIO E TEXTO NÃO-LITERÁRIO

 

 

 

Texto literário e texto não-literário

Quando indagamos a respeito do que é que distingue um texto literário do não-literário, percebemos que não há uma única resposta e sim várias respostas porém não definitivas, corroborando para a complexidade do assunto tanto posto em discussão. Podemos, no entanto, apresentar os critérios mais usados atualmente para caracterizar o texto literário e não-literário.

Distinguí-los com base no caráter ficcional ou não-ficcional já fora constatado outrora problema insolucionável, devido a impossibilidade de diferençar o real do fictício em certas situações concretas. Por exemplo, a história de uma aparição da Virgem Maria ou da intervenção de um espírito provocam risos num cético, mas são ouvidas com respeito por um crente.

Entretanto, modernamente, tem-se buscado a demarcação dos textos em outros campos. As análises mostraram que todo texto possui uma FUNÇÃO. Com base nesta conclusão, diz-se que o texto literário apresenta uma FUNÇÃO ESTÉTICA, enquanto o texto não-literário tem uma FUNÇÃO UTILITÁRIA (informar, convencer, explicar, responder, ordenar etc.).

NOTÍCIA

O texto acima pretende unicamente informar o leitor sobre o número de pessoas infectadas pelo vírus da gripe suína nos Estados Unidos. Nele o texto é tecido de forma clara e direta e o plano de expressão remete a um único plano do conteúdo. Aliás, o conteúdo é o seu principal foco. Expliquemos melhor esse conceito do genebrino Ferdinand de Saussure.(Genebra, 26 de novembro de 1857 –Morges, 22 de fevereiro de 1913)
Autoridades dos Estados Unidos disseram nesta quinta-feira que o número total de casos de gripe suína no país subiu para 109.


Na quarta-feira, autoridades sanitárias dos Estados Unidos confirmaram que um bebê mexicano de 23 meses morreu no Texas vítima de gripe suína, o que configura a primeira morte causada pela doença fora do México. Kathy Barton, porta-voz do departamento de Saúde de Houston, afirmou que a criança havia viajado para a cidade para fazer tratamentos médicos.


Novos casos


Hoje, a Suíça e a Holanda confirmaram seus primeiros casos de gripe suína e a Espanha subiu o número de casos confirmados para 13 pessoas e o de possíveis contágios sob observação para 87.



Saussure considera a língua como um sistema de SIGNOS formados pela “união” do sentido, conceito ou idéia (SIGNIFICADO), e da imagem acústica (impressão psíquica do som), que vai ser o SIGNIFICANTE. Cada signo ou cada conjunto de signos articulados dentro de uma estrutura textual terá, obviamente, um PLANO DE EXPRESSÃO e um PLANO DE CONTEÚDO. Levando este conceito para o nível textual constatamos que todo signo lingüístico é DENOTATIVO. 

DENOTAÇÃO é a significação objetiva da palavra. Pode-se dizer que é a palavra em estado de “dicionário”. 
Podemos concluir em primeira instância que um texto em forma de notícia é considerado um texto-não literário porque possui, como principal característica, a função utilitária de informar o leitor. Seu tecido é constituído prioritariamente de signos lingüísticos de caráter denotativo cuja significação é sempre objetiva. 

Agora, antes de chegarmos a FUNÇÃO ESTÉTICA do texto literário, voltemos a um dado sobre o signo lingüístico para melhor absorvermos esse processo sob outra forma. Um plano de expressão + um plano de conteúdo, eis o signo lingüístico por natureza. Entretanto, sobreposto ao significado DENOTATIVO implanta-se o significado CONOTATIVO, que consiste em um novo PLANO DE CONTEÚDO investido no signo como um todo. 

CONOTAÇÃO é a significação subjetiva da palavra. Ocorre quando a palavra evoca outras realidades por associações que ela provoca. 
Exemplo: Minha vida é um mar de dissabores.

Observe o texto abaixo:


Alma minha gentil, que te partiste 


tão cedo desta vida descontente, 


repousa lá no Céu eternamente, 


e viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente, 


não te esqueças daquele amor ardente 


que já nos olhos meus tão puro viste.



E se vires que pode merecer te 


algüa causa a dor que me ficou 


da mágoa, sem remédio, de perder te,



roga a Deus, que teus anos encurtou, 


que tão cedo de cá me leve a ver te, 


quão cedo de meus olhos te levou.
                           Luis de Camões



Se no texto não-literário demos o exemplo da notícia, cuja função era de informar por meio objetivo o leitor e com o foco no conteúdo, o texto acima remete-nos a uma outra concepção: nele o conteúdo (trata-se, basicamente, da mulher amada que morreu e que deve repousar no céu, enquanto o amado deve viver triste na terra) fica evidentemente em segundo plano. A forma (plano de expressão) é o mais importante; cada signo rompe com seu significado racional para recriar certos conteúdos na organização da expressão. 

 

 

 

 

Texto dissertativo/argumentativo


Dicas de redação - Daniele Barros

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, ponderar sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, assim como o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático. O texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Os textos argumentativos, ao contrário do dissertativo, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

O que é um texto dissertativo-argumentativo?

O texto dissertativo-argumentativo é opinativo organizado em defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. A opinião é fundamentada com argumentos e exemplificações, para formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la.

Seu objetivo é, em última análise, convencer ou tentar convencer o leitor mediante a apresentação de razões, em face da evidência de provas e à luz de um raciocínio coerente e consistente.

A sua redação atenderá às exigências de elaboração de um texto dissertativo-argumentativo se combinar dois princípios de estruturação:

I - Apresentar uma tese, desenvolver justificativas para comprovar essa tese e uma conclusão que dê um fecho à discussão elaborada no texto, compondo o processo argumentativo.

II- Utilizar estratégias argumentativas para expor o problema discutido no texto e detalhar os argumentos utilizados.

Segue um exemplo da teoria estrutural dada pelo Enem:

TESE - É a ideia que você vai defender no seu texto. Ela deve estar relacionada ao tema e deve estar apoiada em argumentos ao longo da redação.

Argumento

É a justificativa utilizada por você para convencer o leitor a concordar com a tese defendida. Cada argumento deve responder à pergunta “por quê?” em relação à tese defendida.

Estratégias argumentativas
São recursos utilizados para desenvolver os argumentos, de modo a convencer o leitor:

- exemplos;

- dados estatísticos;

- pesquisas;

- fatos comprováveis;

- citações ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto;

- alusões históricas; e

- comparações entres fatos, situações, épocas ou lugares distintos.



Gênero Textual
 
 
O que é um gênero textual

 

 
Do bilhete à poesia, a estabilidade de cada gênero se manifesta por suas características comuns

Como nos ensina Bakhtin, gêneros textuais definem-se principalmente por sua função social. São textos que se realizam por uma (ou mais de uma) razão determinada em uma situação comunicativa (um contexto) para promover uma interação específica. Trata-se de unidades definidas por seus conteúdos, suas propriedades funcionais, estilo e composição organizados em razão do objetivo que cumprem na situação comunicativa.
 
Explicando melhor: isso significa que, a cada vez produzo um texto, seleciono um gênero... 

... em função daquilo que desejo comunicar; 

... em função do efeito que desejo produzir em meu interlocutor; 

... em função da ação que desejo produzir no meio em que me inscrevo.
 
Isso vale das trocas mais prosaicas do cotidiano, nos bilhetes registrados em post-its colados nas geladeiras, passando pelas mensagens eletrônicas, entrevistas (orais e escritas), bulas de remédio, orações, cordéis, dissertações, romances, piadas etc. Uma das principais características dos gêneros é o fato de serem enunciados que apresentam relativa estabilidade. É esse aspecto que permite, justamente, com que sejam compreendidos. 

Um exemplo extremo disso está no gênero "bula de remédio". Nos idos dos anos 1980, a linguista francesa Sophie Moirand mostrou como a estabilidade desse tipo de enunciado permitiria que qualquer falante do francês sem conhecimento nenhum de grego pudesse localizar informações (nome comercial, princípio ativo e posologia, por exemplo).